Perguntámo-nos: como evitar a morte no mar de milhares de pessoas, incluindo muitas crianças?
A resposta foi: vamos criar ...
É um projeto-piloto, implementado pela Comunidade de Sant'Egidio com a Federação das Igrejas Evangélicas em Itália, a Tavola Valdese e a CEI-Caritas, completamente auto-financiado.
Os seus principais objectivos são evitar as viagens em barcaças no Mar Mediterrâneo, que já causaram um número muito elevado de mortes, incluindo muitas crianças; impedir a exploração de traficantes de seres humanos que fazem negócios com pessoas que fogem de guerras; conceder a pessoas em “condições vulneráveis” (por exemplo, vítimas de perseguição, tortura e violência, famílias com crianças, idosos, doentes, pessoas com deficiência) a entrada legal em território italiano com um visto humanitário e a possibilidade de, posteriormente, solicitar asilo.
Trata-se de uma via segura para todos, uma vez que a emissão de vistos humanitários implica os controlos necessários por parte das autoridades italianas.
Uma vez em Itália, os refugiados são alojados a expensas das nossas associações em instalações ou casas. Ensinamos-lhes italiano, inscrevemos os seus filhos na escola, para facilitar a sua integração no nosso país e ajudamo-los a procurar trabalho.
Desde fevereiro de 2016, já chegaram 7934 pessoas - sírios que fogem da guerra e refugiados do Corno de África, da Grécia, de Chipre, de Gaza e do Afeganistão.
Os Corredores Humanitários são o resultado de um Memorando de Entendimento entre a Comunidade de Sant'Egidio, a Federação das Igrejas Evangélicas em Itália, a Tavola Valdese, a Cei-Caritas italiana e o governo italiano.
As associações enviam voluntários para a zona, que estabelecem contactos diretos com os refugiados nos países abrangidos pelo projeto e preparam uma lista de potenciais beneficiários a transmitir às autoridades consulares italianas, que, após verificação pelo Ministério do Interior, emitem vistos humanitários com validade territorial limitada, ou seja, válidos apenas para Itália. Quando chegam a Itália de forma legal e segura, os refugiados podem pedir asilo.
Os corredores humanitários são totalmente auto-financiados pelas associações que os promovem..
