Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
O Espírito Santo virá sobre ti
Aquele que nascer de ti será santo.
Aleluia aleluia, aleluia
São Mateus 13, 36-43
Afastando-se, então, das multidões, Jesus foi para casa. E os seus discípulos, aproximando-se dele, disseram-lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo.» Ele, respondendo, disse-lhes:
«Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem;
Aleluia aleluia, aleluia
Eis, Senhor, os vossos servos:
Faça-se em nós segundo a vossa palavra
Aleluia aleluia, aleluia
Os discípulos, regressando a casa, pedem a Jesus que lhes explique a parábola do joio. Há momentos de intimidade entre Jesus e os discípulos onde é mais fácil pedir e abrir-se. Podemos associar estes momentos aos que cada comunidade vive quando se reúne na oração comum. Jesus está presente onde houver duas ou três pessoas reunidas em Seu nome. A escuta da Palavra de Deus em comum tem um valor e uma graça toda particular dada, precisamente, pela Sua efectiva presença. É o sentido daquele laço de amizade que é realçado em particular por João quando, por exemplo, Jesus diz aos discípulos: "Não vos chamo empregados... porque vos comuniquei tudo o que ouvi a meu Pai" (Jo 15, 15). A amizade com Jesus permite entrar de maneira profunda no sentido do Evangelho. Ele mesmo explica aos discípulos que a semente boa e o joio, crescem juntos. A história dos homens é uma só. Deus veio para a encaminhar para o Reino. O joio, o mal, está presente no mundo e no coração dos crentes, assim como na própria comunidade dos discípulos. O bem e o mal convivem em qualquer povo, em qualquer cultura, em qualquer comunidade, em qualquer coração. E, enquanto no decorrer da história - a que estamos a viver - há o momento da paciência, no fim haverá o da ceifa, o momento do julgamento e da separação. No coração do Senhor há sempre a esperança que o joio também se possa transformar em trigo e, para isso, somos todos responsáveis. E é necessário que os crentes se empenhem para transformar a discórdia que os circunda. E poderão fazê-lo se, no entretanto, transformam aquela parte de discórdia que há neles, em todos nós. E, no fim da história, juntamente com todos os justos, poderemos resplandecer como o sol no Seu Reino.