Os ataques terroristas no norte de Moçambique, iniciados em 2017, não são notícia do passado, mas um drama que continua, embora em silêncio mediático. O último ataque registado teve lugar a 15 de setembro e causou a morte de pelo menos 11 pessoas (vd Romasette)
Consequentemente, o número de pessoas deslocadas tem vindo a aumentar constantemente desde 2020. Até à data, estima-se que existam 834 000 pessoas deslocadas internamente. Destes, 54%, mais da metade, são menores de idade.
A Comunidade de Sant'Egidio, que se mobilizou imediatamente na situação de emergência, continuou a apoiar os deslocados com alimentos, material de higiene e material escolar.
Através do diálogo com as famílias deslocadas, os líderes religiosos e comunitários e os membros do governo, percebeu-se a necessidade de apoiar a formação profissional, especialmente para ajudar os jovens a encontrar um emprego e reduzir a possibilidade de serem recrutados pelos terroristas.