Memória de Santo António abade (+356). Seguiu o Senhor no deserto egípcio e foi pai de muitos monges. Jornada de reflexão sobre as relações entre hebraísmo e cristianismo. Leia mais
Memória de Santo António abade (+356). Seguiu o Senhor no deserto egípcio e foi pai de muitos monges. Jornada de reflexão sobre as relações entre hebraísmo e cristianismo.
Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
Eis o Evangelho dos pobres,
a libertação dos prisioneiros,
a vista dos cegos,
a libertação dos oprimidos
Aleluia aleluia, aleluia
Hebreus 4,1-5.11
Temamos, pois, que, permanecendo a promessa de entrar no seu repouso, algum de vós seja considerado excluído. Porque, a nós como a eles, foi anunciada a Boa-Nova; porém, a eles, a palavra escutada não valeu de nada, pois não permaneceram unidos na fé aos que a tinham escutado. Quanto a nós, os que acreditámos, entraremos no descanso, como Ele disse: Tal como jurei na minha ira, não entrarão no meu repouso.
No entanto, as suas obras estavam realizadas desde a fundação do mundo,
Aleluia aleluia, aleluia
O Filho do Homem veio para servir
quem quiser ser grande, faça-se servo de todos
Aleluia aleluia, aleluia
A tentação dos cristãos, contra a qual o autor da carta quer alertar, é análoga àquela que os israelitas tiveram quando chegaram às portas de Canaã, isto é, a tentação de recuarem e de não entrarem na Terra Prometida, retraindo-se diante do amor de Deus e não se deixarem envolver pelo Seu abraço. E, no entanto, é precisamente esta a Boa Notícia que o Senhor veio dar à humanidade. E no novo tempo iniciado por Jesus, tudo isto é ainda mais claro: Ele veio à Terra para nos amar. Não só não nos tira nada, antes pelo contrário, dá-nos tudo. Podemos dizer que também Ele não "recua", pois desceu ao ponto de oferecer a Sua própria vida por nós. Somos nós que, pelo contrário, somos tentados a não "entrar no Seu descanso". Muitas vezes temos medo de nos deixarmos abraçar pelo Senhor, de nos deixarmos amar por Ele, preferindo a tristeza da solidão. O autor chama "desobediência" a esta atitude que nos leva a preferirmo-nos a nós mesmos do que ao descanso proposto por Deus. É bom reconhecer o medo que temos em nos deixarmos confortar pela Palavra e pela misericórdia de Deus. Por isso, Jesus vem ao nosso encontro e diz-nos: "Vinde a Mim, todos os que estais cansados de carregar o peso do vosso fardo e Eu vos darei descanso" (Mt 11, 28). A Igreja, a comunidade dos irmãos e das irmãs, vive já o dia do "descanso", o "sétimo dia", o dia que vê Deus a reinar com amor sobre todos. O autor tem razão em exortar os crentes para que entrem depressa no tempo e no lugar do descanso: "Apressemo-nos, pois, a entrar nesse descanso, para que ninguém caia no mesmo tipo de desobediência".