ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Liturgia dominical
Palavra de deus todos os dias
Libretto DEL GIORNO
Liturgia dominical
Domingo, 5 de Janeiro


Primeira Leitura

Ben Sira 24,1-4.8-12

A sabedoria faz o seu próprio elogio,
e gloria-se no meio do seu povo.

Abre a boca na assembleia do Altíssimo,
gloria-se diante dos exércitos do Senhor:

«Saí da boca do Altíssimo;
e como uma nuvem cobri a terra.

Habitei nos lugares mais altos,
e o meu trono está sobre uma coluna de nuvens.

Então o Criador do universo deu-me as suas ordens,
e aquele que me criou assentou a minha tenda.
E disse-me: «Habita em Jacob,
e toma Israel como tua herança.»

Ele criou-me desde o princípio,
antes de todo os séculos,
e não deixarei de existir até ao fim dos séculos.

Exerci diante dele o meu ministério
no tabernáculo santo,
e assim me estabeleci em Sião.

Na cidade amada Ele me fez repousar,
e em Jerusalém está o meu poder.

Deitei raízes no meio de um povo glorioso,
na porção do Senhor, no meio da sua herança.

Salmo responsorial

Salmo 147 vv. 12-20

Glorifica, Jerusalém, o Senhor;
louva, Sião, o teu Deus.

Ele reforçou os ferrolhos das tuas portas
e abençoou os teus filhos dentro de ti;

Ele estabeleceu a paz nas tuas fronteiras
e saciou-te com a flor do trigo.

Ele manda as suas ordens à terra,
e a sua palavra corre velozmente;

faz cair a neve, branca como a lã,
espalha a geada como se fosse cinza;

faz cair o granizo como migalhas de pão;
com o seu frio, quem pode resistir?

Envia a sua palavra e o gelo derrete-se;
faz soprar o vento e correm as águas.

Ele revela os seus planos a Jacob,
os seus preceitos e as suas sentenças a Israel.

Não fez assim com nenhum outro povo,
não lhes deu a conhecer os seus mandamentos.
Aleluia!

Segunda Leitura

Efésios 1,3-6.15-18

Bendito seja o Deus,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
que no alto do Céu nos abençoou
com toda a espécie de bênçãos espirituais em Cristo.

Foi assim que Ele nos escolheu em Cristo
antes da fundação do mundo,
para sermos santos e irrepreensíveis
na sua presença, no amor.

Predestinou-nos para sermos adoptados como seus filhos
por meio de Jesus Cristo,
de acordo com o beneplácito da sua vontade,

para que seja prestado louvor
à glória da sua graça,
que gratuitamente derramou sobre nós,
no seu Filho bem amado.

Por isso, também eu, desde que ouvi falar da vossa fé no Senhor Jesus
e do vosso amor para com todos os santos,

não cesso de dar graças a Deus por vós, quando vos recordo nas minhas orações. Que o Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai a quem pertence a glória, vos dê o Espírito de sabedoria e vo-lo revele, para o conhecerdes; sejam iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes que esperança nos vem do seu chamamento, que riqueza de glória contém a herança que Ele nos reserva entre os santos

Leitura do Evangelho

Aleluia aleluia, aleluia

Glória a Deus nas alturas!
E na terra paz aos homens!

Aleluia aleluia, aleluia

São João 1,1-18

No princípio existia o Verbo;
o Verbo estava em Deus;
e o Verbo era Deus.

No princípio Ele estava em Deus.

Por Ele é que tudo começou a existir;
e sem Ele nada veio à existência.

Nele é que estava a Vida
de tudo o que veio a existir.
E a Vida era a Luz dos homens.

A Luz brilhou nas trevas,
mas as trevas não a receberam.

Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João. Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele. Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz.

O Verbo era a Luz verdadeira,
que, ao vir ao mundo,
a todo o homem ilumina.

Ele estava no mundo
e por Ele o mundo veio à existência,
mas o mundo não o reconheceu.

Veio para o que era seu,
e os seus não o receberam.

Mas, a quantos o receberam,
aos que nele crêem,
deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.

Estes não nasceram de laços de sangue,
nem de um impulso da carne,
nem da vontade de um homem,
mas sim de Deus.

E o Verbo fez-se homem
e veio habitar connosco.
E nós contemplámos a sua glória,
a glória que possui como Filho Unigénito do Pai,
cheio de graça e de verdade.

João deu testemunho dele ao clamar: «Este era aquele de quem eu disse: ‘O que vem depois de mim passou-me à frente, porque existia antes de mim.'» Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graças sobre graças. É que a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram-nos por Jesus Cristo. A Deus jamais alguém o viu. O Filho Unigénito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem o deu a conhecer.

 

Aleluia aleluia, aleluia

Alleluia, alleluia, alleluia.
Alleluia, alleluia, alleluia.
Alleluia, alleluia, alleluia.

Aleluia aleluia, aleluia

Homilia

Nestes dias, podemos fazer próprias as palavras do Prólogo de João: "Nós contemplámos a sua glória, glória do Filho único do Pai, cheio de amor e fidelidade". É verdade, também nós vimos a glória daquele Menino. Tivemos que nos encaminhar, tal como fizeram aqueles pastores. Também o fizeram Maria e José que tiveram de deixar a casa de Nazaré para irem até Belém. Aconteceu o mesmo com os Reis Magos: deixaram-se guiar pela estrela para chegarem ao Menino e adorá-l'O.
Há, no entanto, uma viagem que nos precede: a do próprio Filho de Deus. É verdade, o Senhor, bem antes que fossemos ter com Ele, pôs-Se a caminho para vir ter com os homens, chegando a uma pequena aldeia que não O acolheu, contentando-Se de um estábulo. A Palavra de Deus que acabámos de escutar dá-nos uma esperança sobre esta viagem do Senhor que vem ter connosco. É uma viagem apaixonante, cheia de amor, toda em descida para baixo. Não reteve nada para Si. A única Sua ambição é estar entre nós e salvar-nos. O livro do Eclesiástico fala-nos da Sabedoria que "sai da boca do Altíssimo" e que sustém todas as coisas. Assim também o evangelista João no Prólogo afirma que "no começo a Palavra já existia, a Palavra estava voltada para Deus... veio para a sua casa... e habitou entre nós". O Eclesiástico recorda-nos a ordem que Deus deu à Sabedoria: "Instala-te em Jacob - disse-lhe o Senhor - e toma Israel como tua herança... E deste modo - recorda a Sabedoria - me estabeleci em Sião. Ele fez-me habitar na cidade amada".
Pois bem, somos nós, gente humilde e modesta, fraca e pecadora, aqueles que Deus escolheu tornando-nos num povo para que a Sua Palavra habitasse entre nós. A Igreja é o santuário da Palavra de Deus. Nós somos o lugar desejado por Deus, o fim da Sua viagem, como escreve ainda o Eclesiástico: "Ele fez-me habitar na cidade amada, e em Jerusalém exerço o meu poder. Deitei raízes no meio de um povo glorioso, na porção do Senhor, seu património". Fomos edificados como povo pelo próprio Deus: Ele escolheu-nos por graça e chama-nos "cidade amada", Seu "povo glorioso". É o Senhor que nos quer "santos e sem defeito", isto é, "filhos", precisamente, como Jesus.
Aquele Menino deve renascer no coração de cada um de nós. Este novo nascimento ocorre sempre que acolhemos a Palavra de Deus nos nossos corações. Como escreve o evangelista João: "Ela porém, deu o poder de se tornarem filhos de Deus a todos aqueles que A receberam... que não nasceram do sangue, nem do impulso da carne, mas nasceram de Deus". A Palavra de Deus está na base da nossa qualidade de filhos e da nossa fraternidade. Ela gera para uma vida nova e torna-se na força que nos faz ir além das fronteiras do mal e nos torna testemunhas do amor e da paz. O que significa "dar o poder de se tornar filhos de Deus"? Significa que a Palavra nos gera filhos de Deus e membros deste povo santo, um povo que se torna para o mundo no santuário do Evangelho. E é um poder generativo: quem é filho do Evangelho, quem se deixa regenerar pela Palavra de Deus torna-se, por sua vez, capaz de gerar outros para a vida. Gregório Magno dizia que a Palavra cresce em nós enquanto A lemos. E o crescimento não é só para nós, mas é também para gerar outros na fé.

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