Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
Eis o Evangelho dos pobres,
a libertação dos prisioneiros,
a vista dos cegos,
a libertação dos oprimidos
Aleluia aleluia, aleluia
São Lucas 16,1-8
Disse ainda Jesus aos discípulos:
«Havia um homem rico, que tinha um administrador; e este foi acusado perante ele de lhe dissipar os bens.
Aleluia aleluia, aleluia
O Filho do Homem veio para servir
quem quiser ser grande, faça-se servo de todos
Aleluia aleluia, aleluia
As parábolas são uma das maneiras habituais com que Jesus transmite o Seu ensinamento. Ele, Mestre bom e atento, queria que os discípulos compreendessem as Suas palavras não como ensinamentos abstractos, mas como palavras para a própria vida concreta. Por isso, prefere a linguagem da parábola, cheia de simbolismo e concretismo. Também desta vez, aproveita a ocasião de uma situação real: um administrador, acusado de má gestão, é chamado pelo seu patrão para que lhe preste contas, antes de o despedir. A este ponto, Jesus descreve a habilidade deste administrador em se assegurar o futuro. Com efeito, chama um a um os devedores do seu senhor e reduz notavelmente o valor da dívida de cada um deles. Obviamente todos os devedores ficaram-lhe reconhecidos, uma vez que ele será despedido pelo seu patrão. Terminada a história, Jesus elogia o administrador infiel e conclui: "Os que pertencem a este mundo, são mais espertos... do que aqueles que pertencem à luz". Obviamente, Jesus não quer exortar os presentes a defraudar o patrão como aquele administrador. A intenção da parábola é a de realçar a habilidade e a capacidade de previsão do administrador em relação ao futuro que o espera. Jesus pede aos discípulos para se empenharem de todos os modos, podemos dizer, com a mesma astúcia daquele administrador, para ganharem o Reino de Deus. A página evangélica exorta-nos também a nós à criatividade do amor, a não nos resignarmos diante das dificuldades e muito menos a não nos abandonarmos na nossa preguiça. É neste contexto que podemos compreender ainda mais a exortação de Jesus aos Seus discípulos: "Portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas" (Mt 10, 16). Devemos estar cientes de que nos aguarda um árduo compromisso para fazer crescer o amor e a paz entre todos.