Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
Vós sois uma geração escolhida
um sacerdócio real, uma nação santa,
povo resgatado por Deus
para proclamar as suas maravilhas.
Aleluia aleluia, aleluia
São Lucas 9,1-6
Tendo convocado os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demónios e para curarem doenças. Depois, enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os doentes, e disse-lhes: «Nada leveis para o caminho: nem cajado, nem alforge, nem pão, nem dinheiro; nem tenhais duas túnicas. Em qualquer casa em que entrardes, ficai lá até ao vosso regresso. Quanto aos que vos não receberem, saí dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés, para servir de testemunho contra eles.» Eles puseram-se a caminho e foram de aldeia em aldeia, anunciando a Boa-Nova e realizando curas por toda a parte.
Aleluia aleluia, aleluia
Vós sereis santos,
porque Eu sou santo, diz o Senhor.
Aleluia aleluia, aleluia
Os Doze não são enviados para ensinar uma nova doutrina, mas para instaurar um novo Reino, para realizar a libertação dos homens da escravidão do pecado e da morte. Jesus dá-lhes autoridade sobre "todos" os demónios. É verdade, toda e qualquer forma de escravidão deve ser expulsa. A proclamação do Evangelho do Reino começa com os factos, isto é, com claros eventos de libertação, com sinais evidentes de um novo tempo, um tempo de misericórdia, de amor, de justiça, de paz. A fé cristã não é uma ideologia que se contrapõe a outras, não é um pensamento reservado a certas pessoas, quiçá, alguns heróis de ascetismo. A fé é transformante: muda o coração de quem opta, precisamente, por responder à chamada de Jesus. E de novos corações, nasce uma nova história. A fé cristã não se fecha num individualismo mesquinho. Antes pelo contrário, leva a transformar a história para aproximar aquele Reino de amor que Jesus veio, precisamente, inaugurar. Os Doze - anota Lucas - "partiram e percorriam os povoados". Todo o crente é chamado a seguir Jesus para proclamar o mesmo Evangelho. Essa missão requer que nos desnudemos de nós mesmos e do próprio protagonismo. E já desta página se sente a urgência que induz os discípulos a irem de casa em casa, de povoado em povoado, de cidade em cidade: para que ninguém fique sem o Evangelho.
