Papa Francisco em Bari: para superar os muitos desafios, o Mediterrâneo recupere a sua antiga vocação

um editorial de Andrea Riccardi

O Mediterrâneo é uma fronteira entre mundos: entre África, Oriente Médio e Europa. E a Europa costuma temer que massas de refugiados a invadam.
É uma fronteira entre mundos religiosos: o sul amplamente islâmico e com algumas ilhas minoritárias cristãs e o estado hebraico; o norte cristão, onde os judeus são coabitantes de todos os tempos e onde importantes comunidades muçulmanas estão sendo criadas. Diferentes comunidades cristãs vivem ao longo do Mediterrâneo: principalmente católicas ocidentais, mas também católicas orientais, ortodoxas, protestantes, armênias, sírias e coptas. O mar nosso banha muitos mundos plurais. É o mar da diversidade, que pode se tornar o de confronto. Asim foi ao longo de séculos: das invasões árabes e turcas às cruzadas. O terrorismo islâmico gostaria de trazer de volta a guerra entre cristãos e muçulmanos. O Estado Islâmico deixou isso claro quando decapitou 21 coptas egípcios na Líbia, na orla do Mediterrâneo, anunciando que em breve chegariam a Roma e ao coração da Europa. (continue a ler)