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Festa de São Lourenço (+258), diácono e mártir. Indicou nos pobres o verdadeiro tesouro da Igreja. Memória de quem os serve em nome do Evangelho
Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
Vós sois uma geração escolhida
um sacerdócio real, uma nação santa,
povo resgatado por Deus
para proclamar as suas maravilhas.
Aleluia aleluia, aleluia
Ezequiel 9,1-7; 10,18-22
Depois, gritou com voz forte aos meus ouvidos, nestes termos: «Aproximai-vos, vós que guardais a cidade, cada um com o seu instrumento de destruição na mão.» Eis que seis homens avançaram da porta superior que dá para norte; cada um tinha na mão o seu instrumento de destruição. No meio deles havia um homem vestido de branco que tinha à cintura os apetrechos de escriba. Entraram e colocaram-se junto ao altar de bronze. A glória do Deus de Israel tinha-se levantado dos querubins, sobre os quais se encontrava, e dirigiu-se para a entrada do templo.
Então, chamou o homem que estava vestido de branco e tinha à cintura os apetrechos de escriba.
Aleluia aleluia, aleluia
Vós sereis santos,
porque Eu sou santo, diz o Senhor.
Aleluia aleluia, aleluia
A leitura de hoje é formada por dois trechos, retirados dos capítulos nove e dez, com duas visões de Ezequiel: a primeira, mostra o envio de mensageiros que castigam a cidade pecadora mas, há um resto que é preservado; a segunda, mostra a glória do Senhor que sai do Templo profanado. O profeta tinha visto com os próprios olhos, a destruição que o exército babilónico realizou pelas ruas de Jerusalém. Agora, experimenta, juntamente com o seu povo, o sofrimento do exílio e, com os olhos de Deus, observa o que, por causa da dureza de coração do rei Sedecias, está para acontecer à cidade. A descrição do profeta é crua e dramática. Ezequiel, na sua visão, fala de seis homens, enviados para exterminarem a cidade e eliminarem todos os que se deixaram seduzir pelo mal. Ninguém deveria ser poupado, salvo aqueles que anelavam pela paz e pela justiça e que não tinham traído a aliança com Deus. Por isso é que existe um séptimo mensageiro vestido de linho por causa da sua proximidade com Deus, com a função de preceder e marcar com o "tau" todos aqueles que deveriam ser poupados. Aquela marca recorda o sinal que Deus colocou sobre Caim para que não fosse morto (Gn 4, 15). Na tradição espiritual cristã o "tau" - feito, precisamente, com a forma de cruz - tornar-se-á no sinal de Jesus que salva aqueles que se deixam tocar pelo Seu amor. O Senhor nunca Se rende à força do mal. A "glória", isto é, a Sua aparência visível, aquela que o profeta tinha contemplado no Templo, afasta-Se agora também da cidade, como é narrado no fim do capítulo 12. Sem a presença de Deus, a cidade perde o sentido de ser espaço de unidade do povo, lugar da aliança.