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Liturgia dominical
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Liturgia dominical

XV do tempo comum
Para os muçulmanos é a Festa do sacrifício (Aid al-Adha).
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Libretto DEL GIORNO
Liturgia dominical
Domingo, 10 de Julho

XV do tempo comum
Para os muçulmanos é a Festa do sacrifício (Aid al-Adha).


Primeira Leitura

Deuteronômio 30,10-14

se escutares a voz do Senhor, teu Deus, e guardares os seus mandamentos e os seus preceitos, escritos neste livro da Lei, e se voltares de novo para o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma. Na verdade, esta Lei, que hoje te prescrevo, não é muito difícil para ti nem está fora do teu alcance. Não está no céu, para se dizer: ‘Quem subirá por nós até ao céu e no-la irá buscar para a escutarmos e praticar-mos?' Não está tão pouco do outro lado do mar, para se dizer: ‘Quem atravessará o mar e no-la irá buscar para a escutarmos e praticarmos?' A Lei está muito perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a praticares.»

Salmo responsorial

Salmo 18 (19)

 Ao director do coro. Salmo de David.

Os céus proclamam a glória de Deus;
o firmamento anuncia a obra das suas mãos.

 Um dia passa ao outro esta mensagem
e uma noite dá conhecimento à outra noite.

 Não são palavras nem discursos
cujo sentido se não perceba.

O seu eco ressoou por toda a terra,
e a sua palavra, até aos confins do mundo.
Deus fez, lá no alto, uma tenda para o Sol,

 donde ele sai, como um esposo do seu leito,
a percorrer alegremente o seu caminho, como um herói.

 Sai de uma extremidade do céu
e, no seu percurso, alcança a outra extremidade.
Nada escapa ao seu calor.

A lei do Senhor é perfeita, reconforta o espírito;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria ao homem simples.

 Os mandamentos do Senhor são rectos,
alegram o coração;
os preceitos do Senhor são claros,
iluminam os olhos.

O temor do Senhor é puro, permanece para sempre.
As sentenças do Senhor são verdadeiras,
todas elas são justas.

 São mais desejáveis que o ouro, o ouro mais fino;
são mais doces que o mel, o puro mel dos favos.

 Também o teu servo foi instruído por elas
e há grande proveito em cumpri-las.

 Mas, quem poderá discernir os próprios erros?
Perdoa-me os que me são desconhecidos.

 Preserva-me também da soberba,
para que ela não me domine.
Então, serei perfeito
e imune de falta grave.

 Aceita, com bondade, as palavras da minha boca
e estejam na tua presença os murmúrios do meu coração,
ó Senhor, meu refúgio e meu libertador.

Segunda Leitura

Colossenses 1,15-20

É Ele a imagem do Deus invisível,
o primogénito de toda a criatura;

porque foi nele que todas as coisas foram criadas,
no céu e na terra,
as visíveis e as invisíveis,
os Tronos e as Dominações,
os Poderes e as Autoridades,
todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele.

Ele é anterior a todas as coisas
e todas elas subsistem nele.

É Ele a cabeça do Corpo,
que é a Igreja.
É Ele o princípio,
o primogénito de entre os mortos,
para ser Ele o primeiro em tudo;

porque foi nele que aprouve a Deus
fazer habitar toda a plenitude

e, por Ele e para Ele, reconciliar todas as coisas,
pacificando pelo sangue da sua cruz,
tanto as que estão na terra
como as que estão no céu.

Leitura do Evangelho

Aleluia aleluia, aleluia

Ontem fui sepultado com Cristo,
hoje ressuscito convosco que ressuscitastes;
convosco fui crucificado,
recordai-vos de mim, Senhor, no vosso Reino.

Aleluia aleluia, aleluia

São Lucas 10,25-37

Levantou-se, então, um doutor da Lei e perguntou-lhe, para o experimentar: «Mestre, que hei-de fazer para possuir a vida eterna?» Disse-lhe Jesus: «Que está escrito na Lei? Como lês?» O outro respondeu: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.» Disse-lhe Jesus: «Respondeste bem; faz isso e viverás.» Mas ele, querendo justificar a pergunta feita, disse a Jesus: «E quem é o meu próximo?» Tomando a palavra, Jesus respondeu:
«Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o abandonaram, deixando-o meio morto.

Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo.

Do mesmo modo, também um levita passou por aquele lugar e, ao vê-lo, passou adiante.

Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão.

Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirando dois denários, deu-os ao estalajadeiro, dizendo: ‘Trata bem dele e, o que gastares a mais, pagar-to-ei quando voltar.' Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?» Respondeu: «O que usou de misericórdia para com ele.» Jesus retorquiu: «Vai e faz tu também o mesmo.»

 

Aleluia aleluia, aleluia

Ontem fui sepultado com Cristo,
hoje ressuscito convosco que ressuscitastes;
convosco fui crucificado,
recordai-vos de mim, Senhor, no vosso Reino.

Aleluia aleluia, aleluia

Homilia

A pergunta do especialista em leis refere-se ao sentido da vida e da salvação: "Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?". Como muitas outras vezes, Jesus responde remetendo para as Sagradas Escrituras. Neste caso, evoca o cerne da Lei: "Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com toda a mente e, ao teu próximo, como a ti mesmo". Aquele especialista em leis queria defender-se dessa resposta. E pergunta: «E quem é o meu próximo?». Provavelmente, queria impor alguns limites a um amor que não os previa.
A parábola do "bom samaritano" torna-se, então, num paradigma para percorrer qualquer caminho da vida e do mundo. Jesus afirma a primazia do amor pelos pobres, dos "quase mortos" que encontramos todos os dias. O caminho que de Jerusalém desce para Jericó representa os numerosos percursos do mundo nos quais a violência se globalizou e são muitos aqueles que são deixados sozinhos, feridos e abandonados a si mesmos. Infelizmente, não é alto apenas o número dos quase mortos, mas também o número daqueles que vêem e viram a cabeça para o outro lado, como aquele sacerdote e aquele levita. Jesus indica um sacerdote e um levita - e não uma pessoa qualquer - como exemplo de dureza diante daquele homem quase morto para realçar um escândalo inaceitável: separar o amor de Deus do amor dos pobres.
Àquele homem quase morto aproxima-se um samaritano, um infiel, um idólatra. No entanto, contrariamente ao sacerdote e ao levita, mal vê o homem quase morto sente compaixão (o termo grego, splanchnizomai, significa "ser tocado até às entranhas"). É o mesmo termo que o evangelista usa para descrever a compaixão que Jesus sentia pelas multidões cansadas e fatigadas. Aquele samaritano desce, pois, da sua cavalgadura, aproxima-se daquele homem quase morto, presta-lhe os primeiros socorros e, depois, transporta-o para uma estalagem próxima. Muitas gerações cristãs identificaram naquele samaritano o próprio Jesus que cuida de todos nós, pagando pessoalmente o preço para nos salvar. Jesus é o bom samaritano. Ele oferece-nos não só o exemplo, mas a Sua própria compaixão para que também nós possamos ser como aquele samaritano nos caminhos deste mundo. É a experiência da Igreja ao longo dos séculos e de qualquer comunidade fiel ao Evangelho. Jesus ensina-nos a parar ao lado dos pobres e a comover-nos por eles. Do mesmo modo, a estalagem descreve bem a comunidade dos crentes que se torna numa verdadeira casa onde os discípulos, como o hospedeiro, cuidam dos pobres. A exortação daquele hospedeiro é dirigida a cada um de nós: «Toma conta dele!». Tal como aquelas duas moedas são a compaixão que nos dá: bastam poucas, como apenas duas moedas, para ajudar e curar. O texto acrescenta: «Quando eu voltar, vou pagar o que ele tiver gasto a mais». Indica aquele excesso de amor requerido para os pobres. No fim da parábola, Jesus dirige-se ao especialista em leis e inverte a pergunta: "Qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores?". O especialista em leis não pode senão responder: "Aquele que usou de misericórdia para com ele". E Jesus: "Vai e faz a mesma coisa". O Senhor pede aos crentes para se aproximarem, isto é, estarem "mais próximos" dos pobres, porque é ao lado deles que encontraremos a vida eterna.

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