Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
O Espírito Santo virá sobre ti
Aquele que nascer de ti será santo.
Aleluia aleluia, aleluia
Oséias 8,4-7.11-13
Elegeram reis sem minha aprovação,
estabeleceram chefes sem o meu conhecimento.
Da sua prata e do seu ouro fizeram ídolos
para sua própria perdição.
Aleluia aleluia, aleluia
Eis, Senhor, os vossos servos:
Faça-se em nós segundo a vossa palavra
Aleluia aleluia, aleluia
Neste trecho, o profeta Oseias denuncia o cisma gerado pelo Reino do Norte ao decidir separar-se da casa de David e introduzir a idolatria. O absurdo da idolatria é claramente condenado pelo profeta que ridiculariza os ídolos construídos pelas mãos do homem: «Foi fabricado por um escultor, ele não é Deus». Além disso, a mentira da idolatria traz consequências nefastas para a vida do povo de Israel. A ameaça do profeta é resumida nesta frase: «Semeiam ventos, colherão tempestades». É uma frase que realça as consequências negativas de escolhas erradas, os frutos amargos de decisões que respondem a interesses individuais alheios a qualquer visão mais ampla da sociedade e do seu futuro. O profeta ameaça o povo de Israel porque se «esqueceu do seu criador, e passou a construir palácios... pois Eu deitarei fogo às cidades fortificadas e queimarei todos os seus quartéis". Com efeito, o bem-estar não dura; antes pelo contrário, desgasta-se rapidamente. Uma experiência ampla e comum. Lemos no Evangelho, a parábola do rico louco que queria ampliar os seus celeiros para reunir todas as suas riquezas. Jesus admoesta: «Eliminai toda a espécie de ganância. Porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a sua vida não depende dos seus bens» (Lc 12, 15). E exorta a tornarem-se ricos mas diante de Deus (Lc 12, 21). O profeta Oseias recorda que Deus mede a fé do próprio povo com o metro do amor para com Ele e da misericórdia para com os pobres e não na base do número de vítimas oferecidas.