ORAÇÃO TODOS OS DIAS

Liturgia dominical
Palavra de deus todos os dias

Liturgia dominical

XXIX do tempo comum
Memória de Santo Inácio, bispo de Antioquia. Condenado à morte foi levado para Roma, onde morreu mártir (+107).
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Libretto DEL GIORNO
Liturgia dominical
Domingo, 17 de Outubro

XXIX do tempo comum
Memória de Santo Inácio, bispo de Antioquia. Condenado à morte foi levado para Roma, onde morreu mártir (+107).


Primeira Leitura

Isaías 53, 10-11

Mas aprouve ao Senhor esmagá-lo com sofrimento,
para que a sua vida fosse um sacrifício de reparação.
Terá uma posteridade duradoura e viverá longos dias,
e o desígnio do Senhor realizar-se-á por meio dele.

Por causa dos trabalhos da sua vida verá a luz.
O meu servo ficará satisfeito com a experiência que teve.
Ele, o justo, justificará a muitos,
porque carregou com o crime deles.

Segunda Leitura

Hebreus 4, 14-16

Uma vez que temos um grande Sumo Sacerdote que atravessou os céus, Jesus, o Filho de Deus, conservemos firme a fé que professamos. De facto, não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, pois Ele foi provado em tudo como nós, excepto no pecado. Aproximemo-nos, então, com grande confiança, do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e encontrar graça para uma ajuda oportuna.

Leitura do Evangelho

Aleluia aleluia, aleluia

Ontem fui sepultado com Cristo,
hoje ressuscito convosco que ressuscitastes;
convosco fui crucificado,
recordai-vos de mim, Senhor, no vosso Reino.

Aleluia aleluia, aleluia

São Marcos 10, 35-45

Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se dele e disseram: «Mestre, queremos que nos faças o que te pedimos.» Disse-lhes: «Que quereis que vos faça?» Eles disseram: «Concede-nos que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda.» Jesus respondeu: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu bebo e receber o baptismo com que Eu sou baptizado?» Eles disseram: «Podemos, sim.» Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu bebo e sereis baptizados com o baptismo com que Eu sou baptizado; mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não pertence a mim concedê-lo: é daqueles para quem está reservado.» Os outros dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João. Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis como aqueles que são considerados governantes das nações fazem sentir a sua autoridade sobre elas, e como os grandes exercem o seu poder. Não deve ser assim entre vós. Quem quiser ser grande entre vós, faça-se vosso servo e quem quiser ser o primeiro entre vós, faça-se o servo de todos. Pois também o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por todos.»

 

Aleluia aleluia, aleluia

Ontem fui sepultado com Cristo,
hoje ressuscito convosco que ressuscitastes;
convosco fui crucificado,
recordai-vos de mim, Senhor, no vosso Reino.

Aleluia aleluia, aleluia

Homilia

Marcos narra um diálogo entre Jesus e os dois filhos de Zebedeu, Tiago e João. Ainda estamos no caminho para Jerusalém e, pela terceira vez, Jesus confia aos discípulos o destino de morte que O esperava no fim do caminho para a Cidade Santa. Os dois discípulos, por nada tocados pelas palavras do Mestre, expõem-se e pedem a Jesus os primeiros lugares perto d'Ele quando instaurar o Seu Reino. Estão preocupados por si e procuram os primeiros lugares. No fundo, respondem a uma lógica assim tão humana e actual: primeiro estou eu e, depois, os outros. Ainda hoje, a procura pelos primeiros lugares é um problema para muitos. Tem-se medo de ficar para trás, de não se ser ninguém. Muitas vezes, esta preocupação aperta o coração, concebe-se o próximo como inimigo, como rival e deixa-se de pensar em quem está ao nosso lado, em quem passa por dificuldades.
"Não sabeis o que estais a pedir. Acaso podeis beber o cálice que Eu vou beber? Podeis ser baptizados com o baptismo com que Eu vou ser baptizado?" Jesus volta a explicar qual é o sentido da Sua vida e utiliza dois símbolos importantes: o cálice e o baptismo. As duas imagens são interpretadas por Jesus em relação à Sua morte. O cálice é o sinal da ira de Deus, como escreve Isaías: "De pé, Jerusalém, tu que bebeste da mão do Senhor a taça cheia do seu furor, um cálice embriagador" (Is 51, 17). Jesus, com esta metáfora, quer indicar que Ele assume sobre Si o julgamento de Deus pelo mal realizado pelo mundo, mesmo à custa da morte. A mesma coisa vale para o símbolo do baptismo: "As tuas vagas todas e as tuas ondas passaram sobre mim" (Sl 42, 8). Enfim, com os dois símbolos, Jesus mostra que o Seu caminho não é uma carreira para o poder. Quanto muito, é a assunção sobre Si do mal dos homens, como disse João Baptista: "Eis o cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo".
E enquanto o pedido dos dois filhos de Zebedeu desencadeia a raiva e os ciúmes dos outros, Jesus chama todos à Sua volta e ensina-lhes: "Sabeis como aqueles que se dizem governadores das nações têm poder sobre elas, e os seus dirigentes exercem sobre elas a sua autoridade. Mas entre vós não deverá ser assim". Aos Seus discípulos, e a todos nós, Jesus continua a dizer: "Entre vós não deverá ser assim". Jesus tem um poder que dá aos Seus discípulos, o do amor, o de vencer o mal com o bem. E este poder não é domínio, mas serviço: "O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida como resgate em favor de muitos". E como recordou o Papa Francisco, quem não vive para servir, não serve para viver. Assim deve ser para todos os Seus discípulos. Queridos irmãos e queridas irmãs, sigamos o Senhor para amar um pouco menos a nós mesmos e mais o próximo e estarmos, assim, desde já, à Sua direita e à Sua esquerda ao longo dos caminhos deste mundo e, à volta do Seu altar, aprendamos a servir para viver, d'Ele que viveu para servir.

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