Inicia a Semana de oração pela unidade dos cristãos. Memória particular da Igreja católica.
Na Basílica de Santa Maria in Trastevere, reza-se pela paz.
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Inicia a Semana de oração pela unidade dos cristãos. Memória particular da Igreja católica.
Na Basílica de Santa Maria in Trastevere, reza-se pela paz.
Leitura da Palavra de Deus
Aleluia aleluia, aleluia
Eis o Evangelho dos pobres, a libertação dos prisioneiros,
a vista dos cegos, a libertação dos oprimidos
Aleluia aleluia, aleluia
São Marcos 2,18-22
Estando os discípulos de João e os fariseus a jejuar, vieram dizer-lhe: «Porque é que os discípulos de João e os dos fariseus guardam jejum, e os teus discípulos não jejuam?» Jesus respondeu: «Poderão os convidados para a boda jejuar enquanto o esposo está com eles? Enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar. Dias virão em que o esposo lhes será tirado; e então, nesses dias, hão-de jejuar.» «Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, pois o pano novo puxa o tecido velho e o rasgão fica maior. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho romperá os odres e perde-se o vinho, tal como os odres. Mas vinho novo, em odres novos.»
Aleluia aleluia, aleluia
O Filho do Homem veio para servir
quem quiser ser grande, faça-se servo de todos
Aleluia aleluia, aleluia
O evangelista fala dos discípulos de João Baptista e dos fariseus que, como sempre acontece com quem se considera justo, se sentiram autorizados a interpelar Jesus para Lhe perguntarem a razão pela qual os Seus discípulos não praticavam o jejum que, apesar de não ser obrigatório, elevava o espírito. Na verdade, a crítica deles era dirigida sobretudo mais ao Mestre do que aos discípulos. Jesus, com uma linguagem parabólica, responde que não são os ritos exteriores que tornam o coração puro e a vida dos homens límpida. É puro aquele que acolhe o Messias, o enviado de Deus, como se acolhe o noivo, portanto, com um clima de festa. Jesus, obviamente, queria dar a entender que era Ele o noivo que tinha chegado. E quando o noivo chega, os amigos não podem jejuar. Seria mais apropriado para com o noivo que está a chegar, precisamente, que os amigos festejassem e participassem no banquete de casamento. Não decerto que fizessem jejum e penitência. Todavia, Jesus admoesta que virão também para os amigos do noivo momentos difíceis, sobretudo, quando o noivo for tirado do meio deles. E então, sim, será o tempo do jejum. Desde aquele momento que Jesus preanuncia, ainda que veladamente, a Sua Paixão e a Sua Morte. É então que chegará o momento do sofrimento. Na verdade, foi assim que aconteceu: desde o início do cristianismo até aos nossos dias inumeráveis crentes, homens e mulheres, sofreram perseguições por causa da fé deles e resistiram até ao derramamento do sangue. Depois, Jesus, com duas imagens, esclarece que o discípulo deve renovar totalmente a sua vida. O Evangelho é o vinho novo que torna novos - isto é alegres até ao excesso - os corações daqueles que o bebem. O coração de quem está cheio de si é como um barril velho, incapaz de acolher a novidade evangélica. E o pano novo de que Jesus fala, é o manto tecido com os fios do amor que nada tem a ver com o pano velho e gasto do próprio egocentrismo. Os discípulos compreenderam que a salvação não está em se gabar das próprias acções, ainda que boas como o jejum, mas em amar Jesus acima de tudo, tal como a esposa ama o seu noivo.
