Como cristãos e cidadãos romanos somos gratos ao Papa pelas suas palavras proferidas hoje no Campidoglio. Bento XVI falou de Roma como "a cidade que perante o grande afluxo de imigrantes saberá rejeitar a intolerância e a discriminação" e de um "rosto de uma metrópole multi-étnica e multi-religiosa, onde a integração é por vezes difícil e complexa". São declarações que encorajam o nosso empenho diário ao lado de quem mais se encontra em dificuldade na nossa cidade, a partir dos sem-abrigo, até aos idosos pobres, aos imigrantes e aos ciganos.
"Roma sempre foi uma cidade acolhedora" - disse o Papa. E João Paulo II afirmou que "ninguém em Roma é um estrangeiro". Nós de Sant’Egidio vamos trabalhar para que isso seja verdade mesmo num momento de crise e de desorientação, como é o presente, a partir dos valores da solidariedade e generosidade enraizados no coração dos romanos, mas também - para nós de Sant'Egidio - alimentados pela luz do Evangelho. É necessário hoje, mais do que nunca, rejeitar todas as formas de intolerância e discriminação construindo, dia após dia, uma sociedade da convivência na mentalidade das pessoas e nas áreas periféricas da cidade.
Na placa que o Papa descobriu na aula Júlio César está escrito o desejo dos cidadãos para que Roma se torne "cidade da vida e da solidariedade": uma perspectiva pela qual a Comunidade de Sant’Egidio vai continuar a trabalhar de bom grado na cidade.
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